23.4.09

Nossa! Nossa! Nossa!

19.4.09

mudei de layout. cansei daquele. e estou me sentindo meio fofa ultimamente.


edit: tá desconfigurado pra quem usa IE. mudem pra qualquer outro browser, gente, já era pra vocês terem aprendido isso.

11.4.09

não gosto de falar de amor



é engraçado que eu sempre tive a impressão de que as melhores histórias de amor eram aquelas que não aconteciam. as unilaterais, distanciadas, impossíveis. a histórias tornar-se-iam intensas, justamente por serem platônicas. perfeitas em sua falta de substância e, portanto, sem meio de serem destruídas. escritos calmamente por corações feridos, imaginativos, dispostos a não serem usados. o outro seria perfeitamente tudo que sempre foi querido, endeusaria os defeitos que sempre foram escondidos, completaria a solidão.

é engraçado que quando o amor não se realiza, o outro sempre se torna cada vez mais perfeito. distante, sem muito contato, pode-se imaginar qualidades infinitas, histórias paralelas que nunca aconteceriam. solitariamente, todos os defeitos se apagam, rabiscam-se qualidades inventadas. perfeição de uma maneira que nunca seria possível de acontecer.

quando eu era criança, eu tinha a impressão que o relacinamento em si não teria a menor graça perto da conquista. o legal era sofrer, sonhar acordado, escrever cartas apaixonadas sem respostas, esperar pela retribuição. e depois? depois seria tudo muito chato. o feliz pra sempre dos contos de fadas deveria ser demasiadamente enfadonho.

mas depois de um tempo a gente cresce. percebe que escrever cartas sem resposta é muito chato. ficar esperando é muito chato. sonhar acordado é perda de tempo.

depois de um tempo, a gente só quer alguém pra chamar de nosso. e que nos chame de seu em troca. independente de perfeições.

10.4.09

Que coragem a dos suicidas! Deixam tudo para trás com a certeza latente de que realmente nunca fariam absolutamente nada além da podridão já concretizada. Deixam todos para trás certos de que são substituíveis o bastante para entes o mais queridos que sejam. Que coragem de admitir a inutilidade humana! Que coragem de admitir - para si e principalmente para o mundo - o quanto somos todos mesquinhos e patéticos e como simplesmente não merecemos simplesmente repousar nosso peso sobre a terra. Que coragem de mostrar o quanto somos todos realmente iguais no desespero de vivermos todos juntos nos corroendo aos poucos como os verdadeiros canibais insaciáveis que somos. Que coragem de assumir o animalesco. Que coragem de, finalmente!, tomar o controle da própria vida.

6.4.09

Ó, ó: agora você pode dizer o que pensa sobre todas as desumanidades que assolam seu lindo paisinho e torcer pra que alguém faça algo. Praticamente caridade.

E, sim, eu já escrevi o que eu penso. Duvidando muito que algo mude, mas escrevi.

2.4.09

Metafísica


ou carta aos céticos de todas as religiões

Prove-me, com toda a sua ciência, que o mundo de fato existe e então eu te direi no que acreditar.