29.12.08

eu - que nunca gostei de praia, sol, axé, comida apimentada, havaiana ou bronzeado - vou passar uns 20 dias em salvador.

e vou fazer questão de não atualizar o blog enquanto eu estiver lá.


feliz 2009, gente! e que todos os seus desejos se realizem. que gay.

28.12.08

o bom de arrumar o quarto é que a gente acaba encontrando coisas esquecidas e muito úteis, como um bolo de CDs virgens, canetas e estojos inultizados e, principalmente, um mundo dos adesivos!!

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voltei de floripa um camarãozinho. não é possível! juro que passei um inútil protetor fator 25 e consegui me queimar em lugares estúpidos como o umbigo (COMO ASSIM?!) e atrás do joelho. e tá doendo horrores. use filtro solar. do maior fator possível.

23.12.08

eu vou viajar pra florianópolis hoje à noite. tenho família lá e pans. agora você dirá: "porque ela está falando isso?" e eu vos responderei: "para matá-los de inveja, ora!" e então vocês retrucarão que está chovendo e que, bom, praias piscinas e demais divertimentos do lado de fora me serão negados. e então eu direi: "ah, foda-se, eu nunca gostei de praia, mesmo..."


edit: estou em floripa agora e está o maior solzão.

21.12.08

um conto de natal.



24 de dezembro. a família toda estava reunida, com exceção da avó que havia falecido no ano anterior, na casa da tia mais velha. satisfeitos pela farta ceia de natal preparada em conjunto por todas as tias - mas que nunca substituiria a cozinha da avó -, os primos dormiam em colchonetes espalhados pela sala, entre a lareira - nunca utilizada, principalmente no natal brasileiro - e a árvore de natal.

a tia que alojava a família dormia satisfeita pelo sucesso do dia anterior, rezando para que tudo desse certo até o dia seguinte. vocês sabem, assumir uma tarefa tão complicada como realizar natais memoráveis depois da morte da matriarca da família é deveras exaustivo. mas, a ceia tendo dado certo, só faltava o amigo secreto no dia seguinte. e nada poderia dar errado com isso. todos os presentes estavam devidamente comportados debaixo da árvore.

ah, a árvore. o orgulho da tia. sempre a mais organizada das irmãs, a primogênita havia se esbaldado em decorações pela casa e, principalmente, na árvore de plástico - trazida anos antes, de quando morava no exterior. haviam tantas luzinhas e bolinhas e lacinhos e bonequinhos em madeira e neve falsa... a planta consistia num amontoado organizadíssimo de verde e vermelho e dourado. as luzinhas pisca-piscantes carregavam os galhos. era um expetáculo para os olhos. tão perfeito.

no meio da noite, no entanto, a prima menor, que tinha feito questão de dormir o mais perto da árvore possível - para poder abrir os seus presentes o mais rápido que conseguisse, assim que acordasse - acordou sentindo um cheiro estranho. era o mesmo cheiro que sentira na ocasião em que derreteu a cabeça e os cabelos da Barbie preferida enquanto usava a chapinha da mãe para alisar os cabelos platinados da boneca.

rolou no colchonete e, deitada de barriga para cima, viu a árvore de ponta cabeça. desvirou-se e olhou o objeto de frente. estava estranho. piscou uma vez. depois duas. estava laranja. estranho. antes era vermelho. vermelho e verde. não laranja.

acordou o primo preferido, um pouquinho mais velho, que dormia ao lado. ele gritou. alguns primos mais velhos acordaram com o grito, outros acordavam aos poucos com o calor.

a árvore inteira estava em chamas.

a árvore, os presentes embaixo dela, a cortina na parede mais próxima. tudo estava ardendo em fogo. ninguém acreditava em como não haviam percebido o estrago antes.

primos mais velhos corriam para a cozinha, para o banheiro, para a lavanderia trazendo água para tentar apagar o fogo. primos menores foram acordar os pais. a casa tinha se tornado um inferno. chamaram os bombeiros.

bombeiros muçulmanos, ateus e de outras religiões que não comemoram a data festiva vieram apagar o incêndio, enquanto toda a família, de pijama, esperava na calçada do outro lado da rua, assistindo ao fracasso do primeiro natal sem a avó.

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feliz natal, gente.

19.12.08

dos melhores diálogos dos últimos tempos.


um.
antonio ia pra bahia, mas teve seu vôo atrasado em função das chuvas em minas. ficou 13 horas no aeroporto de guarulhos esperando poder voltar pra casa. pra vencer o tédio, tocou violão até cansar, usou o notebook até a bateria acabar, conversou com companheiros tristes da mesma situação. além disso, sua boa namorada ficou ligando o dia todo pra poder distraí-lo um pouco. e, nessas:

antonio: comprei misto-quente.
deborah: foi caro? porque tudo em aeroporto é caro.
antonio: 20 reais.
deborah: MEU DEUS!
antonio: do bukowsky. o livro.

dois.
depois do teste de atores que tinha durado o dia todo, carlos e deborah discutiam os candidatos:

deborah: eu gostei dele. ele é inteligente e tal. entendeu o roteiro. acho que ele vai ser um bom ator quando ele crescer.
carlos: quando ele crescer?
deborah: por que? quantos anos ele tem?
carlos: 21.
deborah: 21?! não! ele tem 17!

16.12.08

hoje (16) é meu aniversário. faço 20 anos. estou me sentindo super velha. eu gostava de pertencer aos teens...


obs: se quiserem enviar cartinhas, presentes ou coisas bobas de computação gráfica, estou aceitando :]

12.12.08

na colina mais alta, isolada do resto do vilarejo, morava o poeta, distanciado e indiferente a todas as outras almas. sentava sozinho dentro do castelo construído por ele mesmo, pedra sobre pedra, colocadas em seus lugares com suas próprias mãos. as pedras pareciam ser grandes demais para serem garregadas pelo poeta - ele, tão miúdo e fraco -, mas era capaz de levantar até construções inteiras apenas para se isolar.

gostava de ficar sozinho. pessoas não o atraíam. era chatas e todas iguais. tudo fora do castelo era chato e monótono. sempre era tudo igual e sempre ruim. pensava ser auto-suficiente. gostava de ficar pensando, ter suas próprias idéias. funcionava. produzia muito. não somente poemas, mas realizava gravuras e pinturas. às vezes, até esculpia.

o problema do isolamento é que, àlguma hora, o lado de dentro se esvazia. como osmose que chegou ao fim do equilíbrio. simplesmente, não havia mais o que dizer.


torturado pela necessidade de produzir - o seu único meio de entrar em contato com o que o cercava - e pela agonia de não conseguir fazê-lo, deitou a cabeça sobre a escrivaninha com o intuito de pensar, apenas. a cabeça apoiava-se sobre um dos braços. o outro, esticado à sua frente, segurava uma pena entre os dedos finos e pálidos.

não havia saído do castelo em muito tempo. nunca mais sairia. nunca mais deixaria a posição do pensador - aquele que pensa e não chega a nada.

9.12.08

eu fico com nojo de toda essa falta de criatividade.




mas hoje já estou me sentindo melhor.

7.12.08

[REC] tem todos os elementos de um filme de zumbis clichê misturados com elementos de A Bruxa de Blair. Mas dá um medo...

3.12.08

quando eu tinha 15 anos eu tinha um humor mal-humorado e reclamava de tudo. de TUDO. hoje eu estou mal-humorada. este post cabe em 2004.

é que eu odeio a TAM. odeio, odeio, odeio, odeio. tentei fazer uma compra pela internet. os preços estavam ótimos, consegui datas boas, parcelei no cartão. quando fui passar a janela, pra ver se minha compra foi efetivada, apareceu a porra de uma janela dizendo pra eu escolher o país e a língua que eu queria que o site se apresentasse. arrumei as duas coisas. não foi pra frente. tentei voltar e tal e nada deu certo. liguei pro SAC. o número 0800 não estava funcionando. liguei pro número normal. me atenderam rápido. a moça disse que veria se a compra tinha sido feita, ligaria pro responsável por isso. esperei. fui comer alguma coisa. esperei. busquei a lixa de unha em outra sala. continuei epserando. peguei meu celular. 20 minutos tinham se passado. eu estava pagando a ligação. joguei um pouco de joguinho de celular. me cansei dele. lixei as unhas. continuei esperando. ouvi repetidamente as três propagandas gravadas, todas elas com sotaque "bonito" que puxa o R de uma maneira irritante enrolado no céu da boca e com os S´s sibilados demais. como S´s sibilados me irritam. como Rs enrolados no céu da boca estão começando a comer meu estômago. continuei esperando. no início da ligação, eu já estava irritada. há essa altura, eu estava enfurecida. comecei a pensar em como eu responderia pra atendente de voz irritante - e todas as atendentes de telemarketing têm voz irritante, deve ser uma lei - em como eu diria o quanto eu não tenho tempo para perder porque não sou uma atendente de telemarking e tenho, na verdade, outras coisas para fazer a não ser ouvir propagandas repetidas enquanto espero que verigiquem minha compra por telefone. estipulei um prazo. se passasse de meia hora eu desligaria. esperava ansiosa eu poder xingar a atendente. passou-se meia-hora. ninguém me atendeu. desliguei. voltei pro computador. tentei refazer a compra. porra, se não acharam até agora quer dizer que não existe. chequei meu e-mail antes, às vezes eles mandariam o extrato depois de feito. não recebi e-mail nenhum. realmente voltei ao site da TAM, já com medo. no segundo passo - escolher o vôo - apareceu a telinha da língua e do país. AHHHHHHH!!! e ainda me retornou pra página inicial do site. quero morrer. eu compraria em outra empresa se os preços da GOL não estivessem tão altas e as outras empresas não tivessem falido. que droga. vou lá no aeroporto comprar minha passagem. era assim que eles faziam antes de existir a internet?

droga. por isso não compro nada por internet. vou pra salvador de ônibus, mesmo. foda-se que demoram três dias de viagem! não quero mais dar meu dinheiro pra essa maldita empresa.


edit: liguei lá de novo. reclamei de tudo pra mulher. em 5 minutos ela respondeu que deu problema, mesmo. falei com meu pai, ele disse que podemos ir no aeroporto comprar a passagem. realmente é mais fácil.
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participem aí. eu tô. vou criar um tempo pra fazer um presentinho.