9.10.08

então a festa foi cancelada por alvará da justiça. tadinhos dos organizadores. eles realmente precisavam do dinheiro. e tínhamos divulgado tanto...

já que já tínhamos saído de casa, resolvemos ir pro bar. era meia-noite, de quarta-feira. bar lotado (as outras pessoas que saíram da festa devem ter ido pra lá também). pedimos uma cerveja e três copos, enquanto esperávamos o outro menino que se uniria a nós em breve. brindamos ao motivo da festa cancelada. quando pedimos a segunda cerveja - agora éramos quatro -, veio-nos a notícia ruim: acabou a bebida. e ainda era meia-noite.

resolvemos ir pro outro bar, atravessando a rua. encontrei uns amigos que iam na república onde sempre tem festa. pensei em ir. meus companheiros não quiseram ir, então desisti da idéia. encontramos outra menina no outro lado da rua. ela disse que tinha um bar onde a cerveja era mais barata que o lugar onde nós íamos, que ainda estava aberto. resolvemos ir pra lá.

o lugar era longe, o caminho cheio de subidas, a rua cheia de carros de playboyzinhos que gostam de xingar pedestres. nós éramos pedestres. perdi todo o meu fôlego subindo a avenida, quando finalmente chegamos ao barzinho, ele já estava fechado. era uma da manhã de uma quarta-feira. os meninos perguntaram se eu não queria ir na rep das festas com meus outros amigos. eu disse que não, não sabia onde era. voltamos pra casa, derrotados, nesta cidade onde nada funciona além da uma hora da manhã¹.

ninguém estava realmente a fim de festa. em geral só queríamos contribuir para a causa da minha amiga.

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¹argumentará você, com razão, que era uma quarta-feira. então eu lhe responderei - não com ar de quem sofre com isso, mas como alguém que ouve as histórias e reclamações dos outros - que isso se repete em todos os dias da semana, incluindo quinta, sexta e sábado.

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