15.7.08



4 anos. 4 anos é o tempo suficiente pra trocar de dentes, zoar o próprio cabelo grudando chiclete nele, mudar o regime várias vezes, aprender a andar, a falar e até ler um pouquinho. eu já desenhava aos 4 anos. já contava minha primeiras histórias de sereias que sofriam lavagem cerebral e depois veio o grupo de super-heróis encabeçados pelo incrível menino-sapo. ele tinha as mãos grudadas nos calcanharem e pulava por aí. foi num dia ensolarado e quente na casa onde eu moro atualmente, antes mesmo dele ter virado casa de final de semana.

outros personagens vieram. gradativamente mais complexos. cada um com seus nomes, histórias de vida, amigos próprios, aparência, gostos... esses nunca ganharam histórias escritas, mas viviam comigo. eram meus amigos quando eu não os tinha e quando achava os meus um pouco sem graça. eles sempre foram perfeitos e muito emocionantes, do jeito que eu queria ser e nunca consegui.

do mesmo jeito que os personagens mudavam de tempos em tempos (não só personalidades, mas alguns novos personagens eram criados e outros, esquecidos), eu também mudei muito. o blog me acompanhou nessa transição, inclusive. é vergonhoso ler os primeiros posts daqui, de quando eu tinha uns 14/15 anos, gostava de ir em domingueiras, curtia dançar axé e ouvia avril lavigne. é, não tenho nem um pouco de saudade daquela época.

é engraçado olhar pra trás e nem se reconhecer. olhar os amigos de algum tempo atrás e perceber que eles não tem - nem nunca tiveram - nada em comum comigo. é trsite deixar as pessoas pra trás dessa forma. mas, não sei, no fundo, acho necessário. nunca me apeguei muito às pessoas, mesmo. bom, talvez eles não fosse bons o suficiente para que eu me apegasse.

aos sobreviventes (vocês sabem quem são), obrigada por terem me acompanhado até aqui. aos novo, espero que eu não me canse de vocês (e vocês, de mim) com tanta facilidade.

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